sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Quinto Encontro

Hoje, o Projeto não pode ser realizado no Auditório, porque a parte elétrica do mesmo estava sendo consertada.

Inicialmente, fomos para o Laboratório de Informática, mas acabamos preferindo o espaço da Biblioteca.







Seguimos os procedimentos habituais de cada Encontro. Primeiros, informes gerais e, logo em seguida, as atividades de respiração e de relaxamento.

Tive que chamar a atenção de alguns alunos que não conseguiram conter o riso, mas depois todos realizaram normalmente.

Somente cinco alunos trouxeram reportagens, sendo duas duplas e uma aluna individualmente (Taiane, Daniele Figueiredo e Uriel, Patrícia e Letícia).

Mais uma vez, a atividade dirigida para casa teve baixa participação, tal como foi com a pesquisa sobre a Bomba Atômica (Terceiro Encontro).

Eu sei que a maior dificuldade que ocorre é o fato do grupo ser constituído de alunos de turmas distintas, mas a opção individual desfaz este empecilho.

Muitos alegaram que não compraram jornal.

No próximo Encontro (23/10) iremos realizar uma auto-avaliação e deverei chamar a atenção dos mesmos quanto a isso.

Bom, dando prosseguimento às atividades, após o relaxamento, os alunos relataram as reportagens, dando enfoque nas crianças e/ou jovens retratados nas mesmas.

Mais uma vez, comuniquei ao grupo que a mensagem seria lida após a música e passamos a trabalhar a letra da música que desta vez, tem uma relação com a música anterior.

Em consequência deste fato, a análise interpretativa do O Meu Guri ficou adiada para os próximos Encontros, pois iremos trabalhar as duas composições juntas.

A música escolhida foi Marvin (Arnaldo Antunes e Liminha).


MARVIN

Meu pai não tinha educação

Ainda me lembro, era um grande coração

Ganhava a vida com muito suor

E mesmo assim não podia ser pior

Pouco dinheiro pra poder pagar

Todas as contas e despesas do lar

Mas Deus quis vê-lo no chão

com as mãos levantadas pro céu

Implorando perdão

Chorei, meu pai disse:

"Boa sorte",

Com a mão no meu ombro

Em seu leito de morte

Disse, "Marvin, agora é só você

E não vai adiantar

Chorar vai me fazer sofrer"

Três dias depois de morrer

Meu pai, eu queria saber

Mas, não botava nem um pé na escola

Mamãe lembrava disso a toda hora

E todo dia antes do sol sair

Eu trabalhava sem me distrair

As vezes acho que não vai dar pé

Eu queria fugir, mas onde eu estiver

Eu sei muito bem o que ele quis dizer

Meu pai, eu me lembro,

Não me deixa esquecer

Disse "Marvin, a vida é pra valer

Eu fiz o meu melhor

E o seu destino eu sei de cor"

E então um dia uma forte chuva veio

E acabou com o trabalho de um ano inteiro

E aos treze anos de idade

Eu sentia todo o peso do mundo

em minhas costas

Eu queria jogar mas perdi a aposta,

E trabalhava feito um burro nos campos

Só via carne se roubasse um frango

Meu pai cuidava de toda a família

Sem perceber seguia a mesma trilha

E toda noite minha mãe orava

"Deus, era em nome da fome que eu roubava"

Dez anos passaram, cresceram meus irmãos

Os anjos levaram minha mãe pelas mãos

Meu pai disse: "Boa sorte"

Com a mão no meu ombro

Em seu leito de morte

Disse "Marvin, agora é só você

E não vai adiantar

Chorar vai me fazer sofrer".

"Marvin, a vida é pra valer

Eu fiz o meu melhor

E o seu destino eu sei de cor".



Tópicos Correlativos: pai, morte, amigo, trabalho infanto-juvenil, roubo, espaço rural, oração, mãe, responsabilidade.



Vídeo Clipe




Ainda, neste mesmo Encontro, os alunos receberam uma folha A4 (verde) e o logotipo do Projeto. Alguns encamparam o caderno, assim que receberam, enquanto outros deixaram para fazer em casa, com mais calma.




A análise interpretativa, oral, feita pelo grupo foi 10!

Eles conseguiram fazer uma correlação com a letra do O Meu Guri e traçar algumas diferenças e fatos comuns aos dois personagens principais de ambas as músicas.

Em razão disso, solicitei a organização de dois grupos de 10 (dez) alunos (eram vinte presentes no dia de hoje) e sorteamos o grupo que levantaria os pontos semelhantes entre os dois garotos e os pontos divergentes.

Além desta relação, o grupo deverá apresentar o desenho do menino inserido no cenário expresso na música.


A atividade mesma será feita no próximo Encontro, pois os mesmos alegam problemas quanto à reunião e concentração de alunos de várias turmas.

Os grupos ficaram assim determinados:

Grupo A: Tatiana, Débora, Rafaella, Angélica, Aline, Vinícius, Bruna, Pablo, Matheus Viana e Ana Dandara - Desenhista: Matheus Vianna e Rafaella.

Grupo B: Patricia, Letícia, Diego, Isabely, Luana, Geysa, Daniele Figueiredo, Taiane, Uriel e Maria Renata - Desenhista: Geysa.

Os cartazes deverão ser confeccionados no próximo Encontro, quando não haverá outra música.

A mensagem de hoje foi...

ATIRE A VACA NO PRECIPÍCIO


Quando o Mestre e discípulo peregrinavam por distantes pastagens,

certa vez foram acolhidos por uma família pobre,

muito simpática, mas que vivia em condições de miséria.

Embora fossem boas pessoas,

seus recursos materiais eram muito limitados.

Sustentavam-se graças à sua uma vaca magricela

que fornecia o leite para se alimentarem

e o pouco que sobrava vendiam para ganhar uns trocos.

Na hora da despedida, o discípulo com pena daquelas pessoas perguntou ao mestre

se não podiam fazer nada por eles.

O Mestre em sua sabedoria disse:

- Atire a vaca pelo precipício.

- Mas Mestre ...

- Atire a vaca no precipício ou suma com ela! - disse o Mestre.

O discípulo, sem compreender a intenção do Mestre,

cumpriu seus desígnios ainda que muito contrariado.

E assim a família ficou sem a vaca.

Os anos se passaram e o discípulo, cheio de remorsos pelo que fizera,

não voltou a ter paz.

Para se redimir e pedir perdão à família

resolveu voltar àquela região.

Mas para seu espanto não conseguiu reconhecer a região.

Onde antes havia uma região árida, encontrou terras cultivadas.

Próximo de onde era o casebre encontrou um palacete.

Angustiado supôs que a família fora obrigada a vender a casa e o terreno,

pois já não tinham a vaca para sobreviver.

Aproximou-se da bela casa

E encontrou seus proprietários na piscina, divertindo-se.

Para seu espanto verificou que estas eram as mesmas pessoas que antes encontrara,

agora com aparência mais saudável e feliz.

Sem entender nada, o discípulo perguntou que milagre tinha ocorrido naquele lugar.

Com um sorriso no rosto o pai respondeu:

- Milagre, nada! Um dia nossa vaca desapareceu.

Tivemos de procurar um novo meio de subsistência.

Trabalhamos muito e procuramos formas alternativas.

Ao longo dos tempos fomos prosperando.

Então o Discípulo compreendeu a sabedoria do Mestre.

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