Hoje, o Projeto não pode ser realizado no Auditório, porque a parte elétrica do mesmo estava sendo consertada.
Inicialmente, fomos para o Laboratório de Informática, mas acabamos preferindo o espaço da Biblioteca.
Seguimos os procedimentos habituais de cada Encontro. Primeiros, informes gerais e, logo em seguida, as atividades de respiração e de relaxamento.
Tive que chamar a atenção de alguns alunos que não conseguiram conter o riso, mas depois todos realizaram normalmente.
Somente cinco alunos trouxeram reportagens, sendo duas duplas e uma aluna individualmente (Taiane, Daniele Figueiredo e Uriel, Patrícia e Letícia).
Mais uma vez, a atividade dirigida para casa teve baixa participação, tal como foi com a pesquisa sobre a Bomba Atômica (Terceiro Encontro).
Eu sei que a maior dificuldade que ocorre é o fato do grupo ser constituído de alunos de turmas distintas, mas a opção individual desfaz este empecilho.
Muitos alegaram que não compraram jornal.
No próximo Encontro (23/10) iremos realizar uma auto-avaliação e deverei chamar a atenção dos mesmos quanto a isso.
Bom, dando prosseguimento às atividades, após o relaxamento, os alunos relataram as reportagens, dando enfoque nas crianças e/ou jovens retratados nas mesmas.
Mais uma vez, comuniquei ao grupo que a mensagem seria lida após a música e passamos a trabalhar a letra da música que desta vez, tem uma relação com a música anterior.
Em consequência deste fato, a análise interpretativa do O Meu Guri ficou adiada para os próximos Encontros, pois iremos trabalhar as duas composições juntas.
A música escolhida foi Marvin (Arnaldo Antunes e Liminha).
Meu pai não tinha educação
Ainda me lembro, era um grande coração
Ganhava a vida com muito suor
E mesmo assim não podia ser pior
Pouco dinheiro pra poder pagar
Todas as contas e despesas do lar
Mas Deus quis vê-lo no chão
com as mãos levantadas pro céu
Implorando perdão
Chorei, meu pai disse:
"Boa sorte",
Com a mão no meu ombro
Em seu leito de morte
Disse, "Marvin, agora é só você
E não vai adiantar
Chorar vai me fazer sofrer"
Três dias depois de morrer
Meu pai, eu queria saber
Mas, não botava nem um pé na escola
Mamãe lembrava disso a toda hora
E todo dia antes do sol sair
Eu trabalhava sem me distrair
As vezes acho que não vai dar pé
Eu queria fugir, mas onde eu estiver
Eu sei muito bem o que ele quis dizer
Meu pai, eu me lembro,
Não me deixa esquecer
Disse "Marvin, a vida é pra valer
Eu fiz o meu melhor
E o seu destino eu sei de cor"
E então um dia uma forte chuva veio
E acabou com o trabalho de um ano inteiro
E aos treze anos de idade
Eu sentia todo o peso do mundo
em minhas costas
Eu queria jogar mas perdi a aposta,
E trabalhava feito um burro nos campos
Só via carne se roubasse um frango
Meu pai cuidava de toda a família
Sem perceber seguia a mesma trilha
E toda noite minha mãe orava
"Deus, era em nome da fome que eu roubava"
Dez anos passaram, cresceram meus irmãos
Os anjos levaram minha mãe pelas mãos
Meu pai disse: "Boa sorte"
Com a mão no meu ombro
Em seu leito de morte
Disse "Marvin, agora é só você
E não vai adiantar
Chorar vai me fazer sofrer".
"Marvin, a vida é pra valer
Eu fiz o meu melhor
E o seu destino eu sei de cor".
Tópicos Correlativos: pai, morte, amigo, trabalho infanto-juvenil, roubo, espaço rural, oração, mãe, responsabilidade.
Vídeo Clipe
Ainda, neste mesmo Encontro, os alunos receberam uma folha A4 (verde) e o logotipo do Projeto. Alguns encamparam o caderno, assim que receberam, enquanto outros deixaram para fazer em casa, com mais calma.
A análise interpretativa, oral, feita pelo grupo foi 10!
Eles conseguiram fazer uma correlação com a letra do O Meu Guri e traçar algumas diferenças e fatos comuns aos dois personagens principais de ambas as músicas.
Em razão disso, solicitei a organização de dois grupos de 10 (dez) alunos (eram vinte presentes no dia de hoje) e sorteamos o grupo que levantaria os pontos semelhantes entre os dois garotos e os pontos divergentes.
Além desta relação, o grupo deverá apresentar o desenho do menino inserido no cenário expresso na música.
A atividade mesma será feita no próximo Encontro, pois os mesmos alegam problemas quanto à reunião e concentração de alunos de várias turmas.
Os grupos ficaram assim determinados:
Grupo A: Tatiana, Débora, Rafaella, Angélica, Aline, Vinícius, Bruna, Pablo, Matheus Viana e Ana Dandara - Desenhista: Matheus Vianna e Rafaella.
Grupo B: Patricia, Letícia, Diego, Isabely, Luana, Geysa, Daniele Figueiredo, Taiane, Uriel e Maria Renata - Desenhista: Geysa.
Os cartazes deverão ser confeccionados no próximo Encontro, quando não haverá outra música.
A mensagem de hoje foi...
ATIRE A VACA NO PRECIPÍCIO
Quando o Mestre e discípulo peregrinavam por distantes pastagens,
certa vez foram acolhidos por uma família pobre,
muito simpática, mas que vivia em condições de miséria.
Embora fossem boas pessoas,
seus recursos materiais eram muito limitados.
Sustentavam-se graças à sua uma vaca magricela
que fornecia o leite para se alimentarem
e o pouco que sobrava vendiam para ganhar uns trocos.
Na hora da despedida, o discípulo com pena daquelas pessoas perguntou ao mestre
se não podiam fazer nada por eles.
O Mestre em sua sabedoria disse:
- Atire a vaca pelo precipício.
- Mas Mestre ...
- Atire a vaca no precipício ou suma com ela! - disse o Mestre.
O discípulo, sem compreender a intenção do Mestre,
cumpriu seus desígnios ainda que muito contrariado.
E assim a família ficou sem a vaca.
Os anos se passaram e o discípulo, cheio de remorsos pelo que fizera,
não voltou a ter paz.
Para se redimir e pedir perdão à família
resolveu voltar àquela região.
Mas para seu espanto não conseguiu reconhecer a região.
Onde antes havia uma região árida, encontrou terras cultivadas.
Próximo de onde era o casebre encontrou um palacete.
Angustiado supôs que a família fora obrigada a vender a casa e o terreno,
pois já não tinham a vaca para sobreviver.
Aproximou-se da bela casa
E encontrou seus proprietários na piscina, divertindo-se.
Para seu espanto verificou que estas eram as mesmas pessoas que antes encontrara,
agora com aparência mais saudável e feliz.
Sem entender nada, o discípulo perguntou que milagre tinha ocorrido naquele lugar.
Com um sorriso no rosto o pai respondeu:
- Milagre, nada! Um dia nossa vaca desapareceu.
Tivemos de procurar um novo meio de subsistência.
Trabalhamos muito e procuramos formas alternativas.
Ao longo dos tempos fomos prosperando.
Então o Discípulo compreendeu a sabedoria do Mestre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário