Ontem, dia 08/10, nós tivemos o nosso quarto Encontro e este foi realizado no Laboratório de Informática, pois o espaço do Auditório estava reservado para outras atividades com as turmas do segundo turno.
O espaço do Laboratório, também, é menor, mas como só vieram 20 alunos não tivemos grandes problemas.
Alguns alunos avisaram que iriam faltar; outros, eu soube que faltaram por motivo de problemas de saúde.
Avisei a todos os presentes que, no próximo Encontro, eu já teria a relação certa de quem desistiu de participar do projeto - por iniciativa própria - e aqueles que, por razões de falta de compromisso com o grupo, mediante ao número de ausência nos Encontros - deverá ser desligado do mesmo.
Tivemos que colocar algumas carteiras no interior do Laboratório a fim de que todos se acomodassem adequadamente.
Antes de iniciarmos as atividades do dia, realizamos os exercícios de respiração e de relaxamento.
Muitos, ainda, não conseguem levar a sério o exercício de respiração por conta do "biquinho", que eu peço na hora de expirar.
Aos poucos, o "biquinho" vai ser dispensado, pois espero que eles realizem a atividade corretamente.
Soltando o ar fazendo o referido "biquinho", eles conseguem perceber o processo de saída do ar e é este o objetivo da proposta.
Em seguida, iniciamos a correção do Atividade Dirigida do Encontro passado (Música No. 03 - Era um Garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones).
Mais uma vez, deixei a mensagem para o final e iniciamos a leitura da música do dia (no. 5). A música selecionada foi O Meu Guri, de autoria do Chico Buarque de Holanda.
Comentei que o contexto da música é outro, diferentemente das duas últimas músicas,mas tem tudo a ver com a realidade da nossa comunidade externa, fato comprovado pelos relatos dos próprios alunos, após a reprodução e canto da música por todos.
Chico Buarque
pra lhe dar.
já com tudo dentro
olha aí,
Chega no morro com o carregamento
Tópicos Correlativos: envolvimento de menor na criminalidade, violência, assalto, analfabetismo, ingenuidade, morro, favela, mãe.
As discussões acerca da letra da música foram ótimas. Os alunos têm apresentado bastante atenção e boa interpretação. Várias foram as contribuições: o guri vive na favela (morro), a mãe é analfabeta, ingênua, entre outras observações.
Destaco aqui, o comentário da aluna Taiane (Turma 1801) que atribuiu a condição de analfabeta à mãe, pois segundo a música "Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro chave, caderneta, terço e patuá, um lenço e uma penca de documentos pra finalmente eu me identificar (...)"
Muitos deles relacionaram a música com o cotidiano das comunidades que a escola abrange, nas quais muito deles moram. Gostei muito da análise feita pelo grupo.
A atividade seguinte não foi a análise interpretativa impressa (a oral foi feita, como acabei de relatar), mas um trabalho manual, isto é, cada um teve que desenhar o seu "Guri", destacando algumas características, como altura, idade e cor. Quem quisesse, poderia dar um nome a ele.
O resultado foi surpreendente! O número de pardos foi maior; só houve um negro e alguns brancos. Diferentemente do ano passado, que o grupo desenhou mais o guri de cor negra.
Esta foi a primeira música que repeti do repertório de 2007 e o interessante é que a música não faz referência em relação à cor e, diante dos resultados obtidos, deu para perceber que a maioria associou ao Meu Guri de cor de parda.
Cada um apresentou o seu Guri e, em alguns casos, os alunos não se continham e riam da caracterização do Guri do colega.
Registrei alguns alunos apresentando o seu desenho, o qual foi colado em forma de cartaz na parede, dias depois.
Aluna Roberta (T: 1601)
Aluno Matheus (Turma 1703)
Aluno Pablo (Turma 1601)
Aluna Tatiana (Turma 1703)
Vídeos Clipes
A mensagem do dia foi selecionada sob o enfoque do papel da mãe, tão enfatizado na letra da música, junto ao Guri.
MÃE
Certa vez perguntaram a uma mãe
E ela, deixando entrever um sorriso, respondeu:
E como mãe lhe respondo ...
O filho predileto, aquele que me dedico de corpo e alma é:
.O meu filho doente, até que sare;
O que não trabalha, até que se empregue;
O que namora, até que se case;
O que deve, até que pague;
E, já com um semblante bem distante
.O que já me deixou, até que o reencontre.
Autoria desconhecida
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